Sobre o ensino em usinagem

Qual deve ser o principal objetivo do ensino da usinagem?

Deve-se apenas apresentar a ciência quer antecede a técnica ou deve-se, em grau superior, apresentar aquilo que funciona, que se tornou tecnologia e aplicação?

A ponderação entre ciência e tecnologia é uma obrigação, caso contrário, as coisas não acontecem no universo tangível, ou por outro lado, as coisas acontecem de maneira deficiente, incompleta, não otimizadas sob a ótica produtiva e do consumo energético. 

Seguimos com diversas reflexões muito bem cristalizadas sobre o ensino científico e tecnológico e começaremos a divulgação destas ideias por aqui e também pelo Instagram: @professormarceloacacio

Contribuam, escrevam, questionem, proponham o progresso da ciência, mesmo que a sua ciência não agrade à hierarquia doutrinária daqueles que acreditam que fazem "melhor" ciência.

Seguimos usinando!

Sobre investigar a velocidade de corte e a taxa de remoção em usinagem

 À todxs,

Estamos investigando o valor da velocidade de corte e da velocidade do cavaco em usinagem.

São o mesmo valor?

Grande dúvida neste momento de poucos recursos para pesquisa.

Publicaremos a evolução deste estudo em congressos e também por aqui.

Um fraterno abraço à todos

O blog da usinagem não para !!!

 Atenção Colegas de Usinagem !!!

O blog segue acelerando neste momento de retomada pós pandemia.

Vamos implementar melhorias na produção e repensar a USINAGEM sempre.

Em breve novidades.

Parece pouco, parece simples, mas ainda é atual: O ensino do CNC

       
         O CNC é a realidade da indústria faz um bom tempo. Acredito que três a quatro décadas é o tempo que esta tecnologia continua em expansão.
         Pois o CNC traz o universo da eletrônica de controle à todos, inclusive àqueles que são parte do trabalho realizado nas indústrias, ou seja, operadores, técnicos e engenheiros envolvidos com a manufatura.
         Os profissionais habilidosos ensinam as máquinas a realizar o trabalho exaustivo e repetitivo. Pois as máquinas operatrizes são um conjunto de movimentos. E o CNC deve ser flexível, seja para produzir a unidade, bem como para o grande lote. Logo, máquinas à controle numérico devem ser aplicadas massivamente, pois auxilia o homem na busca da excelência e competitividade, e minimiza seu esforço físico. Usa o intelecto do Homem e não sua força braçal.
         Este é o ponto que o ensino técnico em manufatura não deve retroceder. Ou seja, é do CNC para mais e mais tecnologia, uma vez que diversos nichos de manufatura fazem uso da mesma linguagem, que apesar de tratada como um nível reduzido de complexidade, demanda equipamentos com recursos de processamento robustos para que a excelência seja efetivamente atingida. O CNC ainda não é controlado com eficácia por tecnologias móveis, mas este dia chegará.
        O melhor que podemos fazer ao nos sentirmos desconfortáveis frente à tecnologia é estudar. Estudar a tecnologia para aplicá-la. E sem perder a visão sobre os fundamentos, pois desta forma o entendimento será completo e não nos tornamos ausentes de espírito e controlados pelas máquinas, mas pelo contrário, continuamos a comandar as máquinas, controlá-las e com o poder de desligá-las ou dispensá-las quando a sociedade perceber isto como necessário.
         Cada vez mais CNC, cada vez mais tecnologia, cada vez mais sensibilidade para enquadrar corretamente o conhecimento fundamental nas obras tecnológicas.
         A foto acima foi obtida em uma aula sobre CNC, que nunca acabarão: nem o CNC nem o desejo de multiplicar a engenhosidade sutíl do controle numérico.

Números da industrialização demonstram um caminho confuso

É importante observar que os últimos números sobre exportação não indicam o verdadeiro panorama do País.
No último mês, Janeiro de 2017, a industria automobilística exportou mais que no período anterior. Entretanto estamos muito aquém do desejável para que as demais industrias de autopeças retornem ao patamar mínimo para a industria nacional.
É algo assi: melhorou, mas ainda estamos bem atolados.
Este mês mostrou um cenário desejável percentualmente, mas em valores absolutos ainda estamos muito longe do esperado. Exportou muito mais que importou, mas o volume é pequeno, muito menor que o esperado principalmente para veículos de grande porte.
Em resumo, enquanto estivermos atrelados somente à industria transnacional automobilística, estamos fadados ao atraso, ao desemprego e a falta de crescimento.
Usinagem é mais do que fabricar carro de 3 cilindros.

Randon permanecerá nas estradas !

Foi com extrema tristeza que escutei ontem ou antes de ontem que a Randon vai encerrar suas operações na Unidade de Guarulhos, na Via Dutra.
O que se pode pensar quando uma empresa que produz implementos rodoviários é forçada a desistir da luta diante das condições econômicas de um país continental cortado por estradas que demandam de caminhões para levar carga de uma cidade para outra?
Esta é mais uma empresa que usinava muito. E também tinha estampagem e operações de corte.
Agora é passado: 8 de Abril será o último dia de operações.
E assim segue a destruição de mais uma unidade industrial, proporcionando aumento no desemprego, e finalmente, menos usinagem.
Que a marca e a qualidade das carretas Randon permaneçam por muito tempo em nossa estradas, até o dia que um governo acorde para enxergar a retração tecnológica que estamos passando.

Randon, o Brasil vai sentir falta.

A popularização da máquina à controle numérico - 1° Parte

O Controle numérico é um bem popular.
Houve o tempo que uma máquina CNC era parte de uma elite industrial que já havia atingido padrões de aquisição de equipamentos de alto valor, além de possuir um corpo técnico que possuia conhecimento para programar máquinas CNC.
Em um primeiro momento, foi o uso da fita perfurada, depois dos disquetes, depois dos cabos seriais, depois do DNC e finalmente chegamos à transmissão de dados wireless nas máquinas operatrizes.
Entretanto, a popularização que comento neste texto é sobre a máquina Router.
Eu não sei ao certo porque o nome desta fresadora à controle numérico é Router, porém me surpreende a versatilidade que diversos profissionais, que nunca ao menos usinaram aço, conseguem desenvolver trabalhos belíssimos usinando materiais não regulares para o universo metal mecânico.
Plásticos, madeira, fibras, MDF e até mesmo gesso (que por sinal é bem difícil de usinar) são usinados por profissionais que aprenderam o significado do termo "diversificação", antes mesmo de entender o que é a velocidade de corte de um determinado par ferramenta - peça.
Segue abaixo um exemplo de usinagem em máquina Router que demonstra que o CNC é realmente um bem de produção popular, e não deve ser visto que uma utopia, mas por outro lado, deve ser um recurso flexível e habilitado aos mais diferentes trabalhos de usinagem. Ao lado esquerdo da figura está o produto usinado e ao lado direito está a peça fixada, sendo usinada.
Sejam bem vindas todas as máquinas Router e todos os profissionais da usinagem que diversificam diariamente, usinando de tudo.